No dia 08 de janeiro e 2023 milhões de brasileiros e brasileiras incrédulos assistiram pessoas de muitas idades manifestando um comportamento extremamente agressivo, e direcionando toda a violência que acumularam durante meses, ao patrimônio público do povo brasileiro.

Mais que isto: em Brasília, centro do Poder governamental do país e patrimônio mundial da Unesco desde 1987.

Aquelas pessoas tinham um ponto em comum: haviam sido estimuladas por grupos de whatsapp e muitas mensagens de ódio direcionadas a esses grupos carregadas e informações inverídicas chamadas de Fakenews.

O ataque aos prédios idealizados pelo urbanista Lúcio Costa e pelo arquiteto Oscar Niemeyer por si só já seria gravíssimo, mas havia requintes de violência destrutiva, aliados ao sentimento de impunidade. Elas acreditavam mesmo que nada lhes aconteceria.

Através das redes sociais divulgavam suas ações criminosas enquanto se gabavam de estar salvando o Brasil. São radicais de ultradireita de alta periculosidade, capazes de tudo, inclusive de matar quem ouse atravessar-lhes o caminho.

Para nós, pessoas negras que ainda insistimos em debater formas de articular novos espaços de luta antirracista e por um mundo mais inclusivo, uma certeza: esse mesmo ódio já tomou conta dos nossos territórios há muito tempo. Agora precisamos cuidar de nós e mudar isto.

Esses mesmos poderosos e genocidas; manipuladores de conteúdos religiosos para submeter as pessoas mais vulneráveis econômica e emocionalmente; são aqueles cínicos impiedosos que zombam das nossas dores controlam o poder em quase todo o mundo.

A saída para nós é a união articulada e persistente. Não somos mais jovens e nem perfeitos, mas somos muito confiantes e Sim, Nós Podemos!

Fascistas Não Passarão!

Artigo exclusivo para IPCN escrito por Margareth Ferreira, advogada e *Diretora de Patrimônio do IPCN

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