Iniciamos este mês de março, quando comemoramos o dia Internacional da Mulher, nomeando dentre todas as mulheres/mães negras, a genitora de Moise para homenagear.

A família de Moise…. refugiou-se em solo brasileiro, acreditando que nesta terra, que usou a força e sangue de seu povo para trazer o progresso a esse país, onde se encontra sua Diáspora, iria recepcioná-los com a dignidade e respeito, que o povo preto merece por tudo o que sofreu nas mãos dos brasileiros pioneiros.

Mas ao contrário, assustada conseguiu sentir a dor que seus antepassados sentiram diante da tortura até a morte, conseguiu sentir a dor do chicote estridente em seu corpo.

Por motivo torpe, com requinte de maldade assassinaram seu filho de apenas 22 anos. Aliás tinha motivo, o jovem Moise carregava o motivo na cor de sua pele.

E quando essa mulher e mãe pensando que tinha de superar eesa dor, que era intensa e imensa, foi surpreendida com ameaça de morte dirigida a toda a sua família. 

O IPC, que não podia ficar à parte do episódio, que faltou com respeito ao povo preto, na época do assassinato, de imediato promoveu um ato público, pela dor que toda a população negra sofreu com o assassinato do jovem congolês. 

Os movimentos de negros dos municípios, estado, Brasil e mundo entenderam por somar ao ato. Organizaram-se e estiveram presente.

Entenderam usar o momento para conscientizar, dar um basta ao racismo, este mal que paira como nuvem carregada de coisa ruim, este mal que adoece as sociedades.

A mulher mãe de Moise, pede socorro ao IPCN, que não tem fim social de ajuda financeira ou social, mas que foi o estopim para levar o caso de modo impactando para a mídia do Brasil e do mundo se vê com a responsabilidade de apoiar essa família que agora terá de deixar o Brasil às pressas, pois está recebendo ameaça de morte dela e familiares. 

A vida econômica suplantando a vida, mas não qualquer vida e sim “a vida da carne mais barata do mercado.”

O cenário do assassinato, por ironia(?) ocorreu em frente ao condomínio do presidente da República Brasileira, que carrega a seu lado um chaveiro negro retinto, como que para informar ao povo incauto, que tem um ao seu lado, que até gosta, mas foi incapaz de oferecer apoio (sequer moral) a família, confirmando o que era esperado. 

Como dito o IPCN não tem objetivo de fundo social, tão pouco prática ação social, mas entendeu por encabeçar a campanha da vaquinha solidária para que a família de Moise seja salva das mãos de sociopatas brasileiros.

Estamos frente a campanha que deverá concentrar o valor que pague e garanta a passagem e inicio de vida da família longe do atual cativeiro mortal, que se chama Brasil.

Apoie-nos nesta campanha, neste mês da Mulher/Mãe!

#VidasNegrasImportam
#Quejustiçaéessa?

Dra. Fátima Moura – Advogada, jornalista e militante do Movimento Negro